sábado, 30 de novembro de 2013

Tenha fé!

De vez em quando brigo comigo mesmo. Não quero dar o braço a torcer, aceitar verdades ou o que é inevitável. E te digo: ter fé é inevitável. Não tem como a gente não acreditar em alguma coisa. Por mais que a vida cuspa na sua cara você vai continuar acreditando nela. Pode até pisar mais forte no chão, esbravejar ou quebrar uma xícara de porcelana na parede, mas o fato é que um dia quando a raiva for embora e a calmaria chegar no seu coração você vai voltar a pensar que as coisas vão ser melhores. Porque elas são. Tudo depende do nosso olhar, da nossa disposição, da forma como encaramos, de como nos comportamos diante de uma adversidade. Se você pensar que não consegue certamente vai fraquejar. Se você achar que não é capaz as forças vão sumir devagarinho, como uma estrela que se apaga na imensidão do céu. Se você achar que não pode o vento vai soprar com mais intensidade até te derrubar feito um papel fininho que voa no meio da rua. 

Sei que uma hora cansa, já que parece que tudo empaca e nada se desenrola nem com reza forte. Parece até um teste de paciência. Mas a vida é assim mesmo, ela tem fases. Algumas são coloridas, boas, alegres. Outras são turbulentas, acinzentadas, estranhas. Tem ainda as difíceis, doloridas e negras. Só que tudo, mesmo que você não queira ou torça o nariz, passa. Então não tem muito jeito: é respirar fundo até sentir o ar te abraçar, chorar para mandar embora o medo, gritar para espantar a dor, arregaçar as mangas e trabalhar lado a lado com a fé.

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A vida faz a curva...

O ser humano vive a forma mais complexa de vida. Não pelo simples fato de comer, dormir ou ter afazeres, mas pelo fato complexo de discernimento daquilo que pratica. Ele pensa, repensa, projeta, acredita e busca primordialmente entender o contexto no qual ele participa. Alguns conseguem externar essas "sensações" para além do seu interior. Não apenas no compreender, mas no mais profundo entendimento do sentir. Aquele que se coloca no lugar do outro tende a "errar" menos?! NÃO. Aquele que se coloca no lugar do outro tende a ser um pouco mais humano. 

E o que é ser um ser humano. Aliás, o que é ser um "ser"? Somos animais e ponto. Animais de fato! Nos achamos superiores dentro desse pequeno e humilde planeta que está possivelmente com seus dias contados. E dai? O que eu tenho haver com isso? 

As mazelas não nascem, elas se desenvolvem antes mesmo da prospecção de um indivíduo. Ela já se coloca presente através do tempo e das gerações e realmente acho complicado entender o contexto no qual fazemos parte. Que parte? Que contexto? Não há tempo para essas preocupações. Afinal de contas a vida esta passando e você provavelmente esta perdendo o seu tempo lendo esse texto.

Que seja. A vida não é reta! 
A vida faz a curva quando você menos espera.
Pessoas são previsíveis, mas a vida... essa sim sabe o real significado da palavra "surpreender"!

domingo, 19 de maio de 2013

Um Diego arrependido

Diego era um menino cheio de planos. Conheceu muito cedo a vida noturna e acostumado a ir em muitas festas, conheceu muitas pessoas. Se envolveu com várias delas e se decepcionou muito com o passar do tempo. Cansado de ser usado feito um brinquedo, nasceu um desejo em ter alguém pra si... Alguém com quem ele pudesse ficar numa festa hoje e tivesse a certeza que no dia seguinte iriam ao menos atender o seu telefonema. Alguém que te beijasse agora e continuasse com você até a festa acabar ao invés de encontrar o mesmo que você beijou beijando outro enquanto você foi ao banheiro. Bastava qualquer desculpa esfarrapada e encontraria o infeliz já atracado com outro por aí. Diego desejava um amor, carinho, afeto e não apenas sexo. Ele queria alguém que ele pudesse chamar de seu. A vida acabou lhe proporcionando isso quando colocou em seu caminho o Guilherme. Guilherme era tudo o que ele sempre sonhou. Atencioso, prestativo, carinhoso, companheiro e tinha como qualquer outra pessoa normal os seus defeitos aqui e acolá. Ali nasceu um namoro lindo. Diego chegou a pensar; achei o cara com quem quero passar a minha vida. Eles iam ao cinema, passeavam, iam a praia, conversavam, tomavam cerveja, comiam hambúrguer no estacionamento do Mc´Donalds e se completavam. O amor apareceu como um passe de mágica. Mas então a realidade mudou quando a senhora rotina fez o favor em bater na porta do coração dos dois. Diego olhava para seus amigos solteiros, lembrava da liberdade do qual ele gozava. Diego via a euforia de seus colegas e ouvia todas aquelas histórias e sentia inveja. Sentia saudade de quando saia com todas aquelas pessoas, sentia saudades de olhar todos aqueles corpos sem se culpar por nada. Sentia saudade de provar todas aquelas bocas e sentir todos aqueles perfumes diferentes. Começou então a distratar Guilherme. A insatisfação era tanta que começaram as grosserias e ignorâncias. A vontade de Diego de voltar a ter a vida que ele tinha era tão forte que ficou com raiva de Guilherme. Terminou por fim com aquele relacionamento pois se achava jovem demais para ficar preso naquele namoro. Diego pensava que ainda tinha muito o que viver. Guilherme não entendia e chorou muito. Em vários momentos ele parou diante do espelho, com as lagrimas nos olhos, questionando-se o que ele tinha feito de errado. Coitado, nada havia cometido. Guilherme era apenas a materialização do desejo mais profundo que Diego sentia. Ele apenas não entendia o que estava acontecendo. Diego feliz da vida voltou a ter a vida que tinha antes. Voltou a aproveitar a tal liberdade conversando com várias pessoas, sentindo todos aqueles perfumes e tendo na sua vida aqueles novos horizontes. Mais que depressa esqueceu aquele menino bonzinho que namorou durante um tempo. Muita festa, muita alegria, muitas bocas e logo ela voltaria para cobrar o que sempre cobra. Eis que ela voltou. A senhora rotina voltou a atormentar a vida de Diego. Ele depois de ter aproveitado ao máximo aquela vontade, ficou cansado de chegar em casa bêbado, descabelado e sozinho. Sentiu falta do colo que ele tinha sempre que necessário. Diego percebeu que havia cometido um erro pois tudo aquilo que lhe machucou um dia voltou a lhe ferir intensamente. Guilherme depois de chorar muito e não entender nada, passou a sentir raiva de Diego. Saiu por ai enlouquecido e disposto a se tornar simplesmente mais um! Não por ninguém, mas por ele mesmo. Toda aquela bondade que Guilherme carregava consigo foi sendo substituída por ódio por não entender o que estava acontecendo e a essa altura pouco importava. Guilherme se corrompe e passa a levar a mesma vida que Diego sem saber o que Diego sentia ou pensava, pois os dois já não conversavam mais e toda aquela amizade morreu. Diego estava com saudades e se perguntava o que havia acontecido com Guilherme. Um belo dia, Diego observa em uma de suas festas a entrada de Guilherme... Aquele cara maravilhoso que ele acabou mandando embora. Guilherme estava lindo, arrumado e cheiroso. Diego não deixou de perceber como as pessoas o olhavam e como ele estava rodeado de amigos e pessoas atraentes. Diego percebe que criou um monstro e se arrepende. Se arrepende tanto que volta a ter os mesmo desejos de quando não o conhecia, pois percebe que perdeu o que tinha de mais precioso na vida. Pena que era tarde demais... Guilherme passou por ele e nem se quer o olhou.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nossas diferenças.

Eu trouxe comigo algo muito precioso. Eu trouxe comigo a coisa mais sincera que alguém pode oferecer a outrem. Eu te dei meu coração pulsando vivo. Você me trouxe o que? Tinha em mente escrever um lindo texto. Algo incrível que passa em minha cabeça. Uma pena que nas duas primeiras linhas eu já me sinta cansado e... foda-se. Não vale a pena gastar nem uma palavra com toda essa podridão.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A simplicidade em sua forma mais complexa!

Tenho vontade de rir. Uma mistura de alegria com tristeza. Uma mistura de sentimentos inigualavelmente complexa aos meus sentidos. Subestimamos a simplicidade da vida. Subestimamos a simplicidade dos fatos, dos atos! Seja o mais simples possível para ser plenamente aquilo que tua essência lhe diz. São nos pequenos atos, nos pequenos gestos que mostramos quem realmente somos ou quem realmente queremos ser. Eu não quero ser mais aquilo que sempre fui. Não por agora. Não por hoje! Quero ser complexo. Quero ser complicado. Quero ser egoísta. Tive uma overdose de simplicidade e ela me levou pra uma ilha distante e sem caminho de volta. Agora é hora de limpar. Essa ideia de juntar os cacos não dá. Existem vasos que quebram de tal forma que seu reparo é impossível. Que bom! Ando preferindo um vaso novo e espero que com ele venha lindas flores!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Café da manhã

Era um dia comum como qualquer outro. Havia acordado cedo e me preparado para tomar um café da manhã simples como eu mesmo. Uma xícara de café, seis bolachas e um mamão. De tão simples, meus pensamentos me escaparam por um fio. Aquele simples café da manhã de dez minutos se transformou em uma viajem de dez horas dentro da minha cabeça. Os segundos passavam em câmera lenta. Podia sentir o frio do silêncio que se instaurava diante dos meus olhos. Era assustador. Como um animal coagido agindo pelos instintos eu fui me intimidando cada vez mais. Senti toda a luz que me rodeava naquele recinto se esvair como a água que passa entre os meus dedos. Estava escuro naquele momento. Sentia calafrios e sentimentos até aqui desconhecidos. Perturbadores. Sentimentos que de certo irão se enraizar nos meus pensamentos como uma erva daninha que toma conta de um jardim próspero e o destrói. Sentia o desespero correndo em minha direção até que senti uma mão em meu ombro. Assustei quando vi que era a minha própria mão. E então eu mesmo disse a mim: Acorda! E como um passo de mágica eu abro os olhos e vejo que estou deitado em minha cama. Estava sonhando... sempre estive sonhando. Até mesmo quando eu pensei que existia um jardim próspero. A verdade é que esse jardim sempre foi composto por pragas e plantas secas. Apenas sonhei sozinho... 
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