quarta-feira, 13 de março de 2013

Café da manhã

Era um dia comum como qualquer outro. Havia acordado cedo e me preparado para tomar um café da manhã simples como eu mesmo. Uma xícara de café, seis bolachas e um mamão. De tão simples, meus pensamentos me escaparam por um fio. Aquele simples café da manhã de dez minutos se transformou em uma viajem de dez horas dentro da minha cabeça. Os segundos passavam em câmera lenta. Podia sentir o frio do silêncio que se instaurava diante dos meus olhos. Era assustador. Como um animal coagido agindo pelos instintos eu fui me intimidando cada vez mais. Senti toda a luz que me rodeava naquele recinto se esvair como a água que passa entre os meus dedos. Estava escuro naquele momento. Sentia calafrios e sentimentos até aqui desconhecidos. Perturbadores. Sentimentos que de certo irão se enraizar nos meus pensamentos como uma erva daninha que toma conta de um jardim próspero e o destrói. Sentia o desespero correndo em minha direção até que senti uma mão em meu ombro. Assustei quando vi que era a minha própria mão. E então eu mesmo disse a mim: Acorda! E como um passo de mágica eu abro os olhos e vejo que estou deitado em minha cama. Estava sonhando... sempre estive sonhando. Até mesmo quando eu pensei que existia um jardim próspero. A verdade é que esse jardim sempre foi composto por pragas e plantas secas. Apenas sonhei sozinho... 
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